sábado, setembro 06, 2008

Micro história: uma retrospectiva


Estamos no nono mês do ano, e diferente da maioria das pessoas, só agora estou conseguindo fazer uma retrospectiva do ano que se foi. Apesar de tardia não cheguei à conclusões inesperadas, apenas tive coragem de refletir sobre situações que ao longo do ano preferi negá-las.

Suponho que essa avaliação pessoal do ano seja tão comum e necessária quanto passar fio dental, por mais chato que seja é indispensável para um hálito agradável. A auto-avaliação funciona como o fio dental de nossa vida[ilustração pobre...bom, continuemos], é ela que mantém o frescor da nossa escolhas, retira os excessos e calibra nossa consciência.

Shakespeare* disse que “as nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar”. Ele também disse que “as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos”.

Me admira o poder que temos de alterar e definir nossas próprias vidas, no entanto me espanta como a maioria de nós usa tão pouco desse poder, esse é meu primeiro ponto; o segundo tem a ver com a pergunta que surge como resultado do meu primeiro ponto. Então, se usamos apenas parte de nosso poder, o que acontece com o que não usamos; provavelmente esteja nas mãos de outra pessoa, que estará fazendo o uso dele, legitimamente ou não.

Adam Smith disse que o melhor resultado vem quanto um indivíduo consegue o melhor para si mesmo, mas o matemático John Nash* rebateu essa teoria mostrando que o melhor resultado viria quanto um indivíduo conseguisse o melhor para si mesmo e para todo o grupo. John sugeriu que o melhor resultado não viria apenas de um indivíduo vencedor, mas de um grupo de indivíduos fortes – a cooperatividade – cada indivíduo liderando uma pequena parte de poder. E isso eu sei que é verdade!

Com a teoria de Nash vemos que é legitimo o poder que outras pessoas tem sobre nossas vidas, talvez não apenas legitimo, mas essencial para montar nossa vida alinhada em uma cadeia de pessoas e eventos, construindo nossa história.

Porém, é em nossas mãos que está a força maior, é nossa a responsabilidade de convergir o poder distribuído aos outros para fortalecer nosso medo ou nosso ousadia. A escolha sempre será de nossa alçada. Distribuir poder é parte do processo para fortalecer um núcleo, mas convergir todo poder antes partilhado é o que irá pontecializar nossa própria força.