sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Viva a Justiça!!!!!!



Não poderia ser melhor, ter como primeiro post de 2011 a vitória da justiça no Egito.

Ditador egípcio renuncia ao poder após 18 dias de protestos nas ruas

Hosni Mubarak renunciou ao poder depois de comandar uma ditadura com mão de ferro durante 30 anos; multidão toma as ruas para comemorar.... Leia mais


Quando vi a chamada da primeira página da Folha de São Paulo de hoje, fiquei com o coração palpitando para parabenizar a persistência e ousadia dos egípcios. Assim que se constrói uma nação: com questionamento e pró-atividade.



terça-feira, dezembro 23, 2008

Entre um thubadubada e outros

Não sei se porque já estava em um espaço de infinito pouquísmo pessoal. Ou se porque o thubadubada de Mallu Magalhães me remeteu ao arremedo de contribuinte ao mundo que tenho sido. 


Nos últimos anos a palavra que indica sucesso é inovação. Ninguém mais quer saber de alguém que dê a vida inteira lealmente a sua empresa ou coisa do tipo. Tudo que soa imóvel é rejeitado. E quem ainda vive sob a idéia que em time que está vencendo não se mexe, já é perdedor. 



O que se pode criar pra fazer diferença, o que se pode arriscar pra não tentar ser diferente. Apenas ser parte de um mundo que se modifica. 



Pensar no passado é atraso, no presente é mediocridade. 



Ser inovador talvez não se trata de descobrir o futuro, trata-se apenas de indica-lo, antes que qualquer outro o faça, "you can thubadubada..."


domingo, novembro 02, 2008

Atos Humanos


Pensa acorda anda come bebe fala sonha faz marca feri limpa compete instiga conjuga distingui...

quarta-feira, outubro 29, 2008

Mania de Outono


  ///Estação do ano que se situa entre o verão e o inverno. Por extensão de sentido –A época da colheita. Sentido figurado, período da vida que se encaminha para a velhice; ocaso///


Tem gente que detesta o outono. Eu amo! Outono é cercado de idéias, conceitos e estilo[ para mim]. Há quem diga que o verão é luz, primavera é cor, o inverno...ah, é apaixonante; já o outono  é um verão sem sol, uma primavera em tons pastéis, é cinza e não tem o poder cativador do inverno que nos leva para frente da lareira, do cobertor quente. Os mais avessos ao outono dizem que ele é o "quase", não o que vem da tentativa, mas o que vem do talvez. 



Vivo no outono. Porque a vista que tenho sobre ele me cativa, me atrai. O outono é confortável e desafiador. Não é tão quente que me deixe inquieto ao extremo, nem tão frio que me paralise. Não é ausente de cores que deixe a vida sem graça e nem tão colorido que a transforme numa fantasia. 



O outono pode ser o meio do caminho.  Pode ser o meio-tom. Pode não ser nada ou, simplesmente, tudo. Assim me parece a vida, cheia de oportunidades que podem ser quase tudo e quase nada. Oportunidades que posso escolher no que se tornarão.


segunda-feira, outubro 27, 2008

Ensaio sobre a Cegueira

///Não me contive em lê-la sozinha, então deixo aqui algumas partes da análise de "Ensaio sobre a Cegueira" feita por Fábio Fernandes, publicada no Le monde Diplomatique de 12/09/2008///


Saramago acrescenta e é acrescentado...


 A trama de Saramago é simples mas não é agradável. Seus personagens mergulham no labirinto de corredores do manicômio abandonado como Dantes num labirinto sem Virgílio que os guie (ou que os acuda). Abandonaram toda a esperança ao entrar, como se diz no pórtico do inferno dantesco.


Sua escrita é convoluta, arbórea, por vezes quase rizomática em seus desvios e paradas para ironizar o comportamento humano. Labiríntica. E, no entanto, Ensaio sobre a cegueira é um labirinto no qual entramos com prazer, percorremos com vontade, e cujo final procuramos desesperadamente, com uma esperança tão humana mas talvez fútil, pois Saramago pensa como Kafka, que um dia disse: “A esperança existe, mas não para o homem”.


"Was blind but now I see" opa...i wait!!!!!

sábado, setembro 06, 2008

Micro história: uma retrospectiva


Estamos no nono mês do ano, e diferente da maioria das pessoas, só agora estou conseguindo fazer uma retrospectiva do ano que se foi. Apesar de tardia não cheguei à conclusões inesperadas, apenas tive coragem de refletir sobre situações que ao longo do ano preferi negá-las.

Suponho que essa avaliação pessoal do ano seja tão comum e necessária quanto passar fio dental, por mais chato que seja é indispensável para um hálito agradável. A auto-avaliação funciona como o fio dental de nossa vida[ilustração pobre...bom, continuemos], é ela que mantém o frescor da nossa escolhas, retira os excessos e calibra nossa consciência.

Shakespeare* disse que “as nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar”. Ele também disse que “as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos”.

Me admira o poder que temos de alterar e definir nossas próprias vidas, no entanto me espanta como a maioria de nós usa tão pouco desse poder, esse é meu primeiro ponto; o segundo tem a ver com a pergunta que surge como resultado do meu primeiro ponto. Então, se usamos apenas parte de nosso poder, o que acontece com o que não usamos; provavelmente esteja nas mãos de outra pessoa, que estará fazendo o uso dele, legitimamente ou não.

Adam Smith disse que o melhor resultado vem quanto um indivíduo consegue o melhor para si mesmo, mas o matemático John Nash* rebateu essa teoria mostrando que o melhor resultado viria quanto um indivíduo conseguisse o melhor para si mesmo e para todo o grupo. John sugeriu que o melhor resultado não viria apenas de um indivíduo vencedor, mas de um grupo de indivíduos fortes – a cooperatividade – cada indivíduo liderando uma pequena parte de poder. E isso eu sei que é verdade!

Com a teoria de Nash vemos que é legitimo o poder que outras pessoas tem sobre nossas vidas, talvez não apenas legitimo, mas essencial para montar nossa vida alinhada em uma cadeia de pessoas e eventos, construindo nossa história.

Porém, é em nossas mãos que está a força maior, é nossa a responsabilidade de convergir o poder distribuído aos outros para fortalecer nosso medo ou nosso ousadia. A escolha sempre será de nossa alçada. Distribuir poder é parte do processo para fortalecer um núcleo, mas convergir todo poder antes partilhado é o que irá pontecializar nossa própria força.

domingo, agosto 24, 2008

Fado da modernidade



"Deus morreu. Viva Marx!"..."Marx também morreu. E eu estou gravemente enfermo!"

Essas são declarações pichadas em uma igreja na França. A primeira feita por um existencialista; a segunda, por um pós-moderno. Depois de termos visto "a morte de Deus", tese central do existencialismo, vemos agora a morte da sociedade. Se aplicarmos uma análise semântica às duas manifestações, diríamos que denunciam o silêncio da religião, e ao mesmo tempo o clamor por respostas.

A modernidade tinha assumido o projeto da morte de Deus. Com o Iluminismo, no século 16, surge o esclarecimento racional, em oposição à espiritualidade. O homem moderno supervaloriza a subjetividade, a liberdade, a autonomia e a razão do indivíduo, em detrimento das instituições.

O pós-modernismo dá o passo seguinte. Conservando a idéia de que Deus está morto, assume como projeto próprio a morte da identidade, declarada pela falta de referencial e valores que promovam o indivíduo e seu futuro. Não se vê a luta por um ideal, percebe-se um pluralismo de valores, gerado pela inexistência do grupo. Tudo o que existe é o eu, cada um com sua própria regra. No entanto, o pluralismo de valores significa em si mesmo a própria ausência de valores, substituídos pelo consumo.

As duas afirmações pichadas na igreja nos levam a pensar. De um lado, os existencialistas, com sua declaração da totalidade sem Deus, proclamando as respostas vinda do próprio homem. Do outro, a pós-modernidade, reconhecendo-se como a enfermidade resultante de uma sociedade sem Deus e da ausência total de referências.

Tal manifestação ofereceu um bom exemplo da decadência, ou mesmo da morte da sociedade, que assistia à derrocada dos valores familiares e religiosos. As duas correntes ideológicas estão deslegitimando as instituições que tinham a missão de transmitir valores morais e religiosos.

O intelectual americano Francis Schaeffer, em seu livro “Morte na Cidade”, afirma que à medida que os valores se esvaem de nossa sociedade, nossa cultura se degrada. Nossa existência se define então como despropositada, apontando o surgimento de uma sociedade sobretudo indiferente, anônima, que constituirá uma comunidade muito frágil.

A questão é se, no futuro, uma geração que não compreende o valor do corporativismo terá coesão suficiente para desempenhar uma função histórica. Ou se será tragada pelo império da cultura a que são subjugadas. Com a falta de movimentos que geram valores, pode-se pensar que precisamos fazer algo!