terça-feira, maio 09, 2006

De canto de olhos



Era um dia comum. Na verdade início do dia, sol surgindo, tímido, com raios que se misturavam as nuvens azuis, construindo um céu de tom avermelhado. O vento quente, de final da primavera, soprava, levantado a areia vermelha da estreita estrada, caminho que normalmente nos levava para fora.
Lá estava eu novamente saindo, pra sempre, talvez. Talvez? É, por não saber o que encontraria ou , talvez, porque apenas não sabia. Saber, era uma palavra sem significado para aquele momento. Então só restava dar um passo após o outro.
Passos pra o futuro, que dali alguns instantes se tornariam apenas pegadas que o vento ou o tempo se encarregaria de apagá-las. Então em uma última olhada para trás, quase que pelo canto dos olhos, percebi, o vento ainda não as havia apagado. O coração bateu forte, bateu no compasso das lembraças doces e ensossas que pulavam dentro de minha memória, e por um instante eu quis recuar, fechei os olhos, pensei: "Poderia recuar, mas se o fizesse abriria mão do bom sentido da vida, continuar".

sábado, abril 15, 2006

Matéria Prima, o brasileiro.



Estava revendo a revista da segunda semana de março de 2006 da Veja com a frase de capa “Moral Torta”, na primeira leitura dessa matéria fiquei com vontade de escrever alguma coisa, mas não o fiz. Desta vez, as idéias ficaram mais claras, ou só apenas estou mais animada pra falar sobre isso.

A frase usada pela Veja para anunciar a matéria, "Como a crise moral na política afeta nosso dia-a-dia?" Nesta matéria a revista está falando um pouco sobre pequenos atos de corrupções em nosso dia-a-dia. Boa intenção a deles. Mas percebi um novo ponto. Foi ai que pensei em mudar a ordem da frase, ficou assim: "Como nossa crise moral no dia-a-dia afeta a política?". Ah, agora sim!

Considerando que todo político é fruto de nossa própria sociedade, podemos dizer que ele é um de nós, e por incrível que pareça, ninguém faz coisas erradas de uma hora pra outra, concorda? Então, quer dizer que, a disfunção moral não começa quando eles assumem seus cargos políticos, mas já existiam precedentes, ainda que por nós vistos com inofensivos.

Quantos de nós já tentou burlar regras ou mesmo leis? Na verdade penso que ninguém é corrupto, acredito que temos atitudes ou ações corruptas. E quando a questão se trata de atitude ou ação existe a possibilidade de mudança. O importante é pensarmos o que realmente precisa ser mudado.

O político, ao contrário do que muitos pensam, são cidadãos como qualquer um de nós. O pensamento de que eles são seres especiais é um conceito que vem lá de trás, do tempo da colonização –nós os escravos e eles os grandes senhores– na realidade eles são apenas o sumo de nosso povo.

Portanto eles só estão refletindo a postura cotidiana brasileira, certo? Talvez esteja sendo radical, tudo bem, mas na verdade a questão é: o que realmente precisa mudar em nosso país. São os políticos?

sexta-feira, abril 07, 2006

Que tal critério é esse?


Escolhe-los nunca foi uma tarefa simples, principalmente porque não fomos treinados a ter um mente crítica, politicamente falando.

Interesse pela necessidade popular, empatia, carisma e as vezes olhar seus mandatos anteriores, muitas vezes foram os principais critérios para a escolha de nossos candidatos. Mas aquém destes critérios, a verdade é que nunca foi fácil por não termos a certeza de que eles corresponderiam as nossas expectativas.

Porém nestes últimos meses tem sido ainda mais difícil; bombardeados de escândalos, nosso congresso nacional tem servido de palco para nossos “representantes” darem seu show de falta de respeito e impunidade. Fato que torna mais difícil a escolha.

Já não basta olhar carisma. Precisamos aguçar nossos critérios; conhecer a ideologia do partido, o interesse dele como um todo, suas coligações, seus valores, analisar suas performances anteriores e, principalmente, como cidadãos saber o onde queremos chegar. Pra isso precisamos nos envolver mais, dar nossa cara.

Este é o ponto, será que estamos dispostos a isso.hegar, para isso precisaremos nos envolver mais, dar nossas caras. Este é o ponto, será que estamos dispostos a isso.

quarta-feira, março 15, 2006

Chocolates em pacotes fechados

Ninguém se disporia a criar algo que não fosse apreciado. Até mesmo os loucos e insanos que acham que criam pra si, quando percebem o valor do que fizeram é porque descobriram o efeito que geraram no todo pelo que era seu. É verdade que quase ninguém cria pensando no outro, mas tudo que é nosso só parece ter valor quando está envolvendo alguém além de nós.
O poder do que possuímos está em como e para quem vamos partilhar.
Nós não precisamos ir longe pra acharmos exemplos que nos provem isto. Usemos um exemplo de nossos dias, Bill Gattes, qual o valor de um software apenas em suas mãos? Certo, ele poderia fazer muitas coisas, mas será que alcançaria tudo o que o todo alcançou? Ou que glória ele teria por somente ele possuir uma engenhoca super poderosa? Talvez alguma, assim como alguém que tem o número sorteado na mega Senna acumulada, ganha a atenção por algum tempo, mas logo as pessoas cansam por não poderem ser participantes, e então, acabou.
Mas a individualidade parece nos ganhar. Como?Ganhar do que? Ganhar de quem? Ganhar?Mas ganhar tem a ver com receber e receber com dar! Então? Isso é compartilhar!
Existimos pra isso, dentro de nós existe uma força que nos faz vomitar o que nos faz bem ou mal.
Criatividade, talentos, habilidades......só temos conhecimento da existência delas à medida que tocam outros, geram reações, respostas.
Ao contrario disso,
Qual seria o valor da beleza, da fragrância, do toque, do olhar, da risada prolongada, da melodia...
Do amor...
Qual o valor?

sábado, março 11, 2006

O Brasil sob o poder do conhecimento e da consciência politica

Nosso histórico dilema político parece não ter fim. A popularíssima palavra corrupção está na boca de todo cidadão, com os últimos acontecimentos seria impossível negá-la.

Durante décadas eleitorais vemos homens se levantando como uma nova chance de coisas mudarem. E realmente muitas coisas mudaram, em cada dos mandatos vimos a cara do país receber a influencia do presidente, mas principalmente de nossa ideologia política perpetuada, lógico isto é [a]normal.

Com seus novos sistemas de governo nos passavam ilusão de esperança. Tivemos presidentes pra todos os gostos, autocratas, populistas... e quantos mais ainda teremos! É certo que ainda veremos muitos chegarem nesta posição sempre trazendo novos planos e sempre procurando oferecer novas estratégias.

Agora, adivinhar quem realmente vai romper nossa herança política, isso nunca poderemos.

Creio que em nossas mãos existem possibilidades - a apropriação do conhecimento e da consciência - sei que mesmo assim não existe certeza, mas sempre saberemos que estamos dando um passo além do comum, e sobressaindo ao que foi proposto.

Ser conscientes nos dará a oportunidade de gerar uma mentalidade diferente e ousada em nossos patrícios, políticos ou não; nos levará a ser um povo mais forte e dispor de candidatos mais preparados.

sexta-feira, março 10, 2006

“ Flâmula Brasileira ”

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Brasil de muitas línguas e cores.
Diversos atores revelando um grande escritor.
Pelos desbravadores foi escondido no coração de um homem.
que sem palavras levantou seu estandarte e expressou
Ressurgi Brasil a hora chegou. Invade as nações
o teu Criador te chama
vem Brasil dos brasileiros
Brasil dos estrangeiros
levanta a tua bandeira
deixa ressurgir a glória
não das memórias
e sim da vitória do
teu Redentor.
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Terra dos Contrastes


Brasil nosso Brasil brasileiro de índio a estrangeiro...
Temos todos os jeitos, todas caras, todas as cores.
Somos bandeirantes, mestiços, mazombos;
somos negros, índios – somos brancos.
a cara da diversidade divina
- Somos Brasil -
uma grande colcha de retalhos,
sul - sudeste - centro oeste - norte e nordeste
regiões completamente diferentes entre si,
seja um “uai” ou um “tchê” entre uma conversa e outra,
talvez um “trem” fora de hora, “eíta” povo bão.
“Oxente” este Brasil é mesmo diferente.
na língua, na cultura, na maneira de ser de sua gente
podemos destacar algumas por suas cidades modernas
como de primeiro mundo ou tribos indígenas
vivendo como seus antepassados no tempo do descobrimento.
sejamos nativos ou descendentes.
somos finalmente
os filhos da terra chamada
Brasil.